Os que sabem driblar. Que saibam encantar.
Carreguem a bola. Levem a torcida. Encantem o público e o gol.
E o delírio, da mais plena loucura. Do mais leve driblar, desta arte de Garrincha.
Dos que sobraram, dos que nasceram. Daqueles que passaram.
E Valdívia é assim: dribla, chuta no vácuo, assiste. Dadas as devidas proporções. Bem devidas, por sinal.
Pena que sem tanta regularidade, pelas constantes lesões.
Machucados estes zombados por distantes categóricos. Sem talento. Falta de categoria. Lembra-te, caro (barato) Bruno César?
Pois é.
Tirastes um sarro depois de ser massacrado, com um a menos, na semifinal do Paulistão. Sem Valdívia.
Sua pequena bola quicou para fora do Brasil. A de Chicão ficou. Este, alias, bom zagueiro.
Mas não tem a minima razão. Sem triz dela. Atriz da bola.
Tapa na cara de quem acha que a violência é o maior dos talentos. Chutão, bicão e Chicão.
O destino foi-se assim:
Quem apanha por último, cai mais maduro.
Até que a tua esportividade fique menos verde para este negócio.
Talvez, se aprendestes a chutar bem o vento, seria menos feio que a perna de teus adversários.
Guilherme Cimatti